Funcionários e alunos da escola Celina enterraram cápsula do tempo
16/09/2021
Você já parou para imaginar como estará sua vida daqui a 10 anos? Que tipo de mudança você gostaria que ocorresse em sua rotina ou até mesmo no mundo em que vive nesse período?
Foi pensando nessas projeções que funcionários e alunos da escola municipal Celina Mendes Corrêa Ricci, de Pitangueiras, decidiram fazer uma cápsula do tempo, que abrigou cartas, objetos, fotografias e até mesmo previsões de desejos do grupo.
De acordo com o diretor da escola, Elton Fatareli, a atividade marcou o encerramento do curso de Desenvolvimento de Competências Socioemocionais realizado pela Secretaria Municipal de Educação de Pitangueiras e aplicado em toda a rede municipal de ensino.
“Essa ideia da nossa escola surgiu no módulo de Autogestão do curso, que trabalha com organização, planejamento, foco e determinação. Dentro desse contexto, tinha algumas questões de planejamento a longo prazo e foi aí que pensamos no que esperamos para daqui a 10 anos”, explica ele, que depositou na cápsula a primeira máscara que usou, que foi confeccionada em tecido pela própria mãe, como símbolo desse período de pandemia histórico para a nossa geração.
Cada funcionário recebeu uma cápsula pessoal para depositar dentro dela o que desejasse. Em relação aos alunos, foram desenvolvidas diferentes atividades para cada turma. Para os da educação infantil, os professores mediram altura, pesaram as crianças e fizeram fotos para serem comparadas daqui uma década. Os do quinto ano, por exemplo, escreveram cartinhas para eles mesmos.
Para fazer as cápsulas, um total de 41unidades, foram utilizadas embalagens roliças de batata, em material de papelão. Dentro delas, junto aos objetos guardados pelos participantes, foram colocados saquinhos de sílica-gel, material que ajuda a absorver umidade e prolonga a vida útil dos objetos. Essas cápsulas foram guardadas em caixa organizadora de plástico, revestida em acetato de vinila (EVA) em desenho com formato de um baú.
Ela foi enterrada na última quarta-feira (15) em uma área da escola, dentro de um buraco de um metro de profundidade, coberto por um tampo de concreto. Em cima do local, foi feito um trabalho de jardinagem e colocada uma placa de identificação da cápsula, com a data em que foi enterrada e a data em que será aberta, em setembro de 2031.
“O objetivo foi realizar os registros, traçar metas e planos para daqui uma década e que a gente reconheça a importância desse momento histórico que estamos vivendo, para que não se perca a memória de todo esse enfrentamento”, reitera Elton.
O Conselho de Escola fez uma ata em que cada pessoa que depositou sua cápsula nomeou um tutor para ter acesso a esse material caso não esteja presente quando ela for aberta. Além disso, também tiveram a opção de torná-la pública ou não.