Dados do Distrito de Ibitiúva​

O início de Tudo: “Vila Dama, Embrião do Distrito de Ibitiúva”

No final do século XIX, a criação de gado impulsionou o surgimento de diversos povoados no interior do Estado de São Paulo, especialmente na região norte, que liga o estado ao Triângulo Mineiro e ao Estado de Goiás. Esse fenômeno também levou ao surgimento de Pitangueiras e do Distrito de Ibitiúva. O gado foi, portanto, a força motriz por trás da fundação de Ibitiúva.

Por volta de 1882, já existia um povoado conhecido como Vila Dama, nome derivado do sobrenome dos proprietários. Em 1908, foi construída a Igreja de São Benedito e São Sebastião na Vila Dama. Naquela época, o povoado contava com a igreja, algumas casas, um armazém de secos e molhados, e uma farmácia.

No entanto, Vila Dama não existe mais. Registros e relatos apontam que entre os primeiros moradores estavam as famílias de José Rigoto, José Cardoso, Eurico Rosas, Major Joaquim Rodrigues, Elisiário Barbosa, e Sultério Barbosa, entre outros.

Relatos de antigos moradores destacam a vivacidade das festas e bailes da Vila Dama até a década de 1960. Com o tempo, o povoado desapareceu. Hoje, no local onde estava Vila Dama, existe apenas um sítio, ainda chamado Sítio Vila Dama, de propriedade de uma usina de açúcar e álcool, onde as antigas casas deram lugar a plantações de cana.

A Ferrovia e a Formação do Povoado

A Rede Ferroviária de São Paulo começou a se formar na segunda metade do século XIX, conectando o estado a diversos pontos estratégicos, incluindo o porto de Santos. Em 1907, a construção da Ferrovia pela construtora Peti & Catoni, posteriormente conhecida como Estrada de Ferro São Paulo-Goiás, deu um grande impulso ao povoado de Vila Dama.

Os irmãos Bernardino e Francisco de Queiros Catoni, engenheiros responsáveis pela ferrovia, visavam escoar a produção de café da região. A ferrovia inicialmente conectava os povoados vizinhos de Viradouro, Terra Roxa e Pitangueiras, e, após alguns anos, chegou a Bebedouro. Em 1912, foi incorporada à Companhia Ferroviária de São Paulo-Goiás, presidida pelo Barão Homem de Mello, com o objetivo de ligar São Paulo a Goiás.

Devido ao relevo acidentado, a ferrovia não passou perto da Vila Dama, o que levou a uma mudança gradual do povoado para as margens da ferrovia, dando origem ao futuro distrito de Ibitiúva. A ferrovia foi crucial para o desenvolvimento do novo povoado, que passou a abrigar pequenos produtores de café, comerciantes e operários da construção ferroviária.

Fundação do Distrito

Em 1909, diversas famílias residiam no povoado que começava a se formar, incluindo Joaquim Prudêncio da Silva, Antonio Quintino de Oliveira, Marcos e Elisio Teixeira, Deocleciano Pulino, Major Sultério de Camargo Barbosa, e outros. Em 1910, um cruzeiro foi colocado no local da atual Praça da Matriz, marcando a fundação do povoado, e esse cruzeiro encontra-se hoje no cemitério local.

O Major Joaquim Prudêncio da Silva e sua esposa Maria Rodrigues Barbosa doaram o terreno e as pedras para a construção da primeira capela dedicada ao Sagrado Coração de Jesus Cristo, inaugurada em 1912. A Estação Ferroviária de Ibitiúva, inaugurada em 1912 pela Empresa Ferroviária São Paulo-Goiás, foi seguida pela criação de uma diretoria em 1913 para arrecadar fundos para a construção da primeira igreja do povoado, concluída em 1918. Naquela época, as casas eram de madeira com pisos de terra, e a primeira construção em tijolos foi a Cooperativa de Consumo Popular.

Origem do Nome

O nome Ibitiúva é uma junção das palavras “Ibi” e “Tiuva”. “Ibi” é um termo indígena que significa “terra”, enquanto “tiuva” se refere a uma planta semelhante à mandioca, comum na região. Embora a palavra “tiuva” não seja encontrada em dicionários, pode ser uma derivação de outros termos.

Desenvolvimento e Modernização

Em 26 de abril de 1914, o terreno foi abençoado pelo Reverendíssimo Vigário de Pitangueiras, e em 1918, o povoado contava com uma capela, algumas famílias, comerciantes e estabelecimentos. Em 27 de novembro de 1919, o povoado foi elevado à categoria de Distrito pela lei nº 1666. Em 11 de janeiro de 1927, a Estação Ferroviária, já pertencente à Companhia Paulista de Estradas de Ferro, foi inaugurada, substituindo a antiga estação da C.F. São Paulo-Goiaz.

Em 1929, a Estação Ferroviária foi reconstruída pela Companhia Paulista, tornando-se um importante ponto de referência na região. Durante essa época, as viagens, o transporte e a comunicação desempenhavam um papel crucial na vida local, e a estação era um centro de atividades e encontros.

Informações obtidas do Livro “Ibitiúva – Faz história”, produzido no ano de 2009 por alunos, professores e gestores das escolas municipais Antonio Domingos Paro e Domingos Paro, juntamente com a colaboração de munícipes ibitiuvenses.

Confira mais notícias da nossa cidade

23 | abril | 2025

NEBULAÇÃO CONTRA DENGUE

Leia mais
[wpusb layout="rounded" items="facebook, twitter, linkedin, whatsapp"]
23 | abril | 2025

PARTICIPE DO PLANO PLURIANUAL

Leia mais
[wpusb layout="rounded" items="facebook, twitter, linkedin, whatsapp"]
23 | abril | 2025

VACINAÇÃO CANINA NO JARDIM LEONE

Leia mais
[wpusb layout="rounded" items="facebook, twitter, linkedin, whatsapp"]
Todas as Notícias

Confira mais notícias da nossa cidade

25 | abril | 2025

TRADIÇÃO SE FAZ PRESENTE NO ANIVERSÁRIO DA CIDADE

24 | abril | 2025

INSCRIÇÕES ABERTAS PARA O PROJETO DANÇA MAIS PITANGUEIRAS E IBITIÚVA

24 | abril | 2025

ATENÇÃO BENEFICIÁRIOS DO BOLSA FAMÍLIA E TODA A POPULAÇÃO!

23 | abril | 2025

NEBULAÇÃO CONTRA DENGUE

23 | abril | 2025

PARTICIPE DO PLANO PLURIANUAL

23 | abril | 2025

VACINAÇÃO CANINA NO JARDIM LEONE

Clique aqui e veja todas as notícias