O Brasão de Armas de Pitangueiras: Uma Síntese Heráldica
Criado pela Lei nº 764, de 25 de julho de 1972, o Brasão de Armas de Pitangueiras, elaborado pelo heraldista Prof. Arcinoé Antonio Peixoto de Faria.
Conforme estabelecido pela lei, o Brasão será utilizado em documentos oficiais do município, obedecendo às normas da heráldica para reproduções monocromáticas ou policromáticas. O Brasão pode ser reproduzido em diferentes materiais e formatos para fins de divulgação municipal.
A critério dos Poderes Municipais, poderá ser instituída a Ordem Municipal do Brasão para reconhecer indivíduos que tenham prestado notáveis serviços à comunidade, sendo a comenda representada por uma medalha esmaltada em cores ou fundida em metal, acompanhada de um diploma de “Comendador”.
Descrição Heráldica:
O escudo é do tipo samnítico, sobreposto por uma coroa mural de oito torres de argente (prata). O campo do escudo é argente (prata) e apresenta, em chefe (parte superior), um capacete romano de sable (preto) emplumado de góles (vermelho), brocante sobre setas entrecruzadas de sable (preto). O escudo é ladeado por duas businas de caça, estilo boiadeiro, também de sable (preto).
Na base, um terrado de sínopla (verde), cortado por uma faixa ondada de argente (prata), dá origem a uma pitangueira frutada de góles (vermelho), ladeada por dois tripés com caldeirões de sable (preto) sobre fogo de góles (vermelho).
Como apoio ao escudo, à dextra e à sinistra, há chaminés de góles (vermelho), fumegantes, com engrenagens de argente (prata) na base. No listel de góles (vermelho), inscreve-se o topônimo “PITANGUEIRAS” em letras argentinas (prateadas), ladeado pelos anos “1858” e “1892”.
Interpretação Simbólica:
a) O escudo samnítico, representando o Brasão de Armas de Pitangueiras, é um estilo tradicional herdado da heráldica portuguesa e simboliza a colonização e a formação da nacionalidade brasileira.
b) A coroa mural de argente (prata) com oito torres, das quais cinco são visíveis, denota que a cidade é uma sede de comarca, ou seja, de importância regional significativa.
c) O metal argente (prata) no campo do escudo representa paz, amizade, trabalho, prosperidade, pureza e religiosidade.
d) O capacete romano de sable (preto) e emplumado de góles (vermelho), juntamente com as setas entrecruzadas, simboliza São Sebastião, padroeiro da cidade. As businas de caça evocam a pecuária, importante para a fundação e desenvolvimento do município.
e) O sable (preto) representa austeridade, prudência, sabedoria e firmeza de caráter.
f) O terrado de sínopla (verde) simboliza a fertilidade do solo, enquanto a faixa ondada de argente (prata) representa o Rio Mogi-Guaçu, que margeia a cidade.
g) O sínopla (verde) reflete honra, civilidade, abundância e esperança, associado aos campos verdejantes e à colheita.
h) A pitangueira frutada é um elemento parlante do escudo, referindo-se à abundância de pitangueiras na região e ao nome da cidade.
i) Os tripés com caldeirões sobre o fogo remetem aos acampamentos dos tropeiros às margens do Rio Mogi-Guaçu e à fundação da cidade.
j) As chaminés fumegantes e as engrenagens de argente (prata) representam a indústria local e o crescimento econômico do município.
k) O listel de góles (vermelho) carrega o topônimo “PITANGUEIRAS” e os anos “1858” e “1892”, referindo-se à fundação e emancipação política da cidade.